Fetiesc

O Sindicato que ensina é o sindicato que fascina

 

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Professor Sabino Bussanello ministra curso de formação sindical aos mineiros de Forquilhinha

Quais são os principais desafios do sindicalismo na atualidade?

No último Sábado (24) o Sindicato dos Mineiros de Forquilhinha em parceria com a Federação dos Mineiros do PR, RS e SC (Fetiec) e a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fetiesc) realizaram atividade de capacitação para seus dirigentes sindicais, no auditório do Sindicato dos Químicos e Plásticos de Criciúma. Com a temática “Desafios do Sindicalismo na Realidade Contemporânea”, cerca de 20  Dirigentes Sindicais participaram da atividade que foi ministrada pelo professor e assessor de formação da Fetiesc, Sabino Bussanello. O curso possibilitou que os participantes debatessem a realidade vivida pelos trabalhadores do setor carbonífero e suas principais tarefas enquanto dirigentes sindicais.

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Presidente da Fetiec, Foquinha (direita), Prof. Sabino Bussanello (centro) e o diretor de formação dos Químicos, Edson Rebelo (esquerda)

Analisando aspectos da conjuntura internacional e nacional, incluindo aspectos relacionados a Copa do Mundo e a dinâmica eleitoral de 2014, os participantes puderam compreender os diversos desafios do sindicalismo na atualidade. Compreender como a crise mundial afeta o Brasil e o cotidiano do Movimento Sindical é uma tarefa nada fácil para seus dirigentes e trabalhadores; captar os avanços alcançados pela sociedade brasileira, nos últimos anos, e os novos desafios colocados ao sindicalismo, também não é uma tarefa tão simples assim. Tais percepções exigem, acima de tudo, muito estudo, pesquisa e  discernimento por parte das lideranças sindicais, tanto no sentido de acompanhar as principais tendências da economia mundial e nacional, quanto no sentido de compreender os diferentes desafios inerentes a prática sindical.

Procurando fugir dos esquemas superficiais e simplificados, os dirigentes sindicais precisam levar em consideração, pelo menos quatro matrizes de análises. Primeira:  ter noção histórica dos reais problemas que sempre afetaram, e que ainda afetam, a classe trabalhadora (como se manifestavam no passado recente estes problemas? Como se manifestam, agora? O que continua incomodando e prejudicando os trabalhadores? Que aspectos da realidade vem mudando?). Segunda:  ter dados atualizados sobre a realidade brasileira (sua economia, políticas sociais, cultura popular e, acima de tudo, conseguir distinguir o que é verdadeiro e falso na guerra das informações e ideologias). Terceira:  ter compreensão exata do papel do sindicalismo e das lideranças sindicais (superar a visão corporativista, individualista e atomística da realidade). Quarta: outra questão estratégica, para o sindicalismo, é a importância de planejar as prioridades da ação sindical. Ou seja, os dirigentes sindicais não podem viver no ativismo desordenado, sem planejar e estudar os problemas da realidade concreta. O ativismo e a falta de planejamento faz com que as lideranças desperdicem muita energia, desviando-se do eixo central que é o dinamismo dos conflitos entre capital e trabalho. Somente a luta coletiva muda a realidade dos trabalhadores e trabalhadoras no chão da fábrica.

No caso dos mineiros a realidade não é diferente. Graças a atuação da nova diretoria, o Sindicato conseguiu fechar, pela primeira vez, uma Convenção Coletiva de Trabalho, garantindo uma série de direitos aos trabalhadores. Depois de muitos anos de dominação e exploração dentro das minas, os trabalhadores mineiros conseguiram fazer uma greve de três dias, paralizando 100% dos setores produtivos. Enfim, em pouco tempo de atuação a diretoria já demonstrou para que veio e do que é capaz, ou seja, conseguir representar dignamente os trabalhadores mineiros no chão da fábrica.

Neste sentido, as tarefas que se colocam para a nova diretoria do sindicato são as necessidades de planejar as prioridades da ação sindical; de realizar formação e capacitação de seus dirigentes; de melhorar as condições de vida e trabalho dos mineiros; e, principalmente, de combater a prática criminosa e desrespeitosa de médicos e enfermeiros dentro da empresa.

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(Participantes no curso: “Desafios do Movimento Sindical na Atualidade” – Forquilhinha).

Itapema, 26 de maio de 2014.

Prof. Sabino Bussanello  

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