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Movimentos sociais e sindicais fecham BR-101 e BR-470 nesta manhã de Greve Geral

Na manhã desta sexta-feira (30) milhares de trabalhadores e trabalhadoras participaram da Greve Geral em todo o país marcada pelas Centrais Sindicais e Movimentos Sociais. Em Santa Catarina as manifestações ocorreram na capital Florianópolis e em diversas cidades.

Nesta manhã a Fetiesc e outras entidades sindicais e sociais participaram da greve na BR-470 às 5h30 da manhã, as pistas ficaram fechadas por volta de 1h30 e os trabalhadores foram fortemente reprimidos pela Polícia com cacetadas, balas de borracha e bombas. O grupo seguiu pelo acostamento até a BR-101 onde realizou um novo ato com a parada das pistas no quilômetro 101 sentido norte por 1 hora. A polícia atacou os trabalhadores novamente com balas de borracha, gás lacrimogêneo e muitas cacetadas fazendo com que os manifestantes tivessem que atravessar a outra pista correndo risco de serem atropelados.

A Greve Geral foi marcada como protesto contra o Presidente Michel Temer, Deputados e Senadores que estão articulando a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária sem a participação da população. A reforma trabalhista altera mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e aprova que gestantes e lactantes possam trabalhar em local insalubre, que o acordo prevaleça sobre a lei, dá possibilidade de parcelamento em três vezes das férias, flexibiliza a jornada de trabalho dentre outros.

O Presidente da Fetiesc, Idemar Antonio Martini repudia a postura da polícia e avisa que existe a possibilidade de novos atos “estamos exercendo nosso direito de se manifestar contra as reformas, não podemos ser atacados desta forma, estávamos todos de mãos limpas apenas lutando pela manutenção dos nossos direitos” e completa “os atos não param por aqui, vamos lutar para que os brasileiros não percam sua saúde e até sua vida trabalhando ainda mais para enriquecer a classe patronal”.

As manifestações são um grito da população para que os representantes do povo parem de retirar cada vez mais os direitos de todos. Desde o golpe a população sofre com o congelamento de investimentos na saúde, educação e assistência básica com a aprovação da PEC 55, a aprovação do projeto de lei 4.302 que autoriza a terceirização irrestrita e agora com a retirada dos direitos garantidos até então na CLT.

Imprensa Fetiesc

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