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MOBILIZAÇÃO: Lideranças sindicais lançam carta aberta às autoridades contra o ódio e em defesa da vida

45 sindicatos de trabalhadores nas indústrias de SC assinam o documento

Quarenta e cinco sindicatos ligados à Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Santa Catarina (FETIESC) subscrevem a Carta Aberta lançada nesta segunda-feira (10/04) e dirigida à autoridades federais, estaduais e municipais, de quem cobram providências para a repreensão e combate de qualquer espécie de organização neofascista, bem como para que se invista na proteção dos educandários, garantindo mais segurança tanto aos funcionários que atuam nesses espaços quanto aos filhos dos trabalhadores e trabalhadoras que neles estudam.

Além disso, as lideranças sindicais solicitam que os chefes dos poderes constituídos incentivem a realização de projetos e programas sociais que privilegiam tanto a cultura de paz quanto a defesa dos direitos humanos, bem como assumam publicamente um compromisso com a vida humana, de modo especial com os trabalhadores e as trabalhadoras, desencorajando o porte de armas e respeitando as divergências de pensamentos e posicionamento  político. 

No manifesto os líderes sindicais também cobram por providências de modo que o Estado catarinense volte a ser uma referência para o Brasil no que tange à garantia dos direitos, investindo e incentivando políticas e práticas que garantam uma convivência pacífica, saudável e segura. 

A redação do documento foi definida ao final da reunião realizada na sede da Federação, em Itapema (SC), na manhã de 05 de abril de 2023 – data da tragédia ocorrida na creche Bom Pastor, do município de Blumenau (SC) – e é mais uma ação do Movimento em Defesa da Vida, Saúde e Segurança da Classe Trabalhadora Catarinense (MOVIDA), liderado pela FETIESC.

Conforme o Presidente da federação, Idemar Antonio Martini, o lamentável fato de Blumenau, assim como o ocorrido no município de Saudades há dois anos, demonstra ser premente a necessidade de se agir para, coletivamente, combater a disseminação do ódio por meio do incentivo ao porte de armas e da rejeição aos direitos humanos. 

Martini também destaca a necessidade de se restabelecer uma cultura de paz, dentro e fora dos estabelecimento públicos e privados, bem como nas relações de trabalho, uma vez que, segundo ele, as estatísticas atuais revelam um aumento nos números de mortes no ambiente de trabalho bem como de trabalhadores acometidos por doenças laborais.

Para ele, o ataque a um educandário se constitui “na materialização de uma ideologia abominável empreendida, reproduzida, fomentada e patrocinada por cidadãos brasileiros que abominam toda forma e espécie de vida”.

Imprensa Fetiesc

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