Imprensa FetiescMelhores condições de trabalho e de saúde para o trabalhador; melhores salários e maior reconhecimento se constituem na bandeira das principais lutas
Neste sábado (06/05), o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação, Malharia, Tinturaria, Tecelagem e Assemelhados de Brusque (SINTRAFITE), completa 90 anos de história.
Foi no dia 6 de maio de 1933 a realização da primeira assembleia do sindicato, registrado inicialmente como Sindicato dos Operários em Fiação e Tecelagem. Hoje atua nos municípios de Brusque, Botuverá, Guabiruba e Nova Trento, e é um dos associados à Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Santa Catarina (FETIESC).
Atualmente, presidido por Aníbal Boettger, o SINTRAFITE tem como missão a busca por melhores condições de trabalho e, consequentemente, de saúde para o trabalhador; melhores salários e maior reconhecimento para a classe trabalhadora têxtil.
Hoje atende trabalhadores e trabalhadoras têxteis associados e seus dependentes, aplicando seus recursos em benefícios nas áreas de assistência social, jurídica e em toda estrutura de serviços disponibilizada aos associados.
Neste dia festivo para os trabalhadores, o presidente do SINTRAFITE, Aníbal Boettger lembra que ao longo de sua trajetória, o sindicato sempre esteve firme em seu propósito de unir a categoria, buscar melhores condições de trabalho e salários, como também um maior reconhecimento pela classe trabalhadora, sobre as tantas riquezas que gera diariamente.
“Foram muitos movimentos e manifestações que marcam a história do sindicato e dos trabalhadores do setor. Muitas delas, com conquistas até hoje lembradas na cidade. Tudo isso mostra que o SINTRAFITE sempre esteve ligado às lutas e interesses da classe trabalhadora”, destaca o presidente do nonagenário sindicato catarinense. Ainda de acordo com Boettger o sindicato “seguirá firme em seu propósito, tendo como princípio de que somente com a união de todos é que se ampliarão cada vez mais as conquistas”.
CONQUISTAS HISTÓRICAS – Em 1950, o SINTRAFITE esteve à frente da primeira greve da categoria, motivada pelo não cumprimento, por parte das empresas, de uma decisão judicial a respeito de um processo trabalhista que tratava do reajuste salarial. A greve durou mais de 30 dias.
Já em 4 de agosto de 1984, no aniversário de 124 anos do município de Brusque, liderou o movimento dos fiandeiros, que se concentraram no centro da cidade e participaram do Desfile Cívico, protestando por melhores salários e condições de trabalho. Conseguiram com este movimento um reajuste salarial de 25%.
Dois anos depois, em novembro de 1986, outra paralisação de três dias dos operários, amparados pelo sindicato, lhes garantiu 20% de aumento salarial.
