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INTERNACIONAL: Setor papeleiro enfrenta o recesso na Argentina, mas sindicalismo se mantém nas ruas contra as políticas de Milei

A manhã do segundo dia do congresso foi reservada para apresentação e discussão acerca da conjuntura econômica da Argentina, pelo economista Arnaldo Ludueña

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“Milei abandonou todo o programa de produção industrial e por meio de um decreto de necessidade de urgência, desmantelou em poucos meses, todos os mecanismos de proteção e incentivo à indústria nacional. A mesma situação acomete o setor de celulose e de papel que em seis meses de governo registrou uma queda de 11,3%, tornando-se um setor muito golpeado pelas políticas de Milei”.

Arnaldo Ludueña, economista argentino

Em Itapema, o segundo dia do congresso da Federação das Entidades Sindicais de Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose, Papelão, Cortiça e Artefatos de Papel do Mercosul (FESPAM), iniciou na manhã desta quarta-feira (05/06), com a participação de centenas de dirigentes sindicais e trabalhadores do setor papeleiro, tanto do Brasil, quanto da Argentina e do Uruguai.

A manhã do segundo dia do congresso foi reservada para apresentação e discussão acerca da conjuntura econômica da Argentina, pelo economista Arnaldo Ludueña, que relembrou a série de medidas adotadas pelo governo do presidente Javier Milei em 13 de dezembro de 2023, as quais desencadearam um desequilíbrio das condições de vida da maioria dos argentinos. 

Ludueña anunciou que no primeiro trimestre deste ano o Produto Interno Bruto (PIB) está em acelerado declínio, o que acarreta no aumento desenfreado do índice de desemprego e mergulha o país numa recessão econômica muito forte, evidenciado pela queda de 20% no consumo da população.

Considerando que o desenvolvimento econômico é uma decisão política-governamental, Ludueña revelou também que no governo de Milei o investimento no setor industrial argentino caiu 6,2% em março deste ano; atingindo uma queda anual de 22%. Para ele, “Milei abandonou todo o programa de produção industrial e por meio de um decreto de necessidade de urgência, desmantelou em poucos meses, todos os mecanismos de proteção e incentivo à indústria nacional. A mesma situação acomete o setor de celulose e de papel que em seis meses de governo registrou uma queda de 11,3%, tornando-se um setor muito golpeado pelas políticas de Milei”.

Em contrapartida, o economista avalia que o lado patronal do setor industrial é bastante irracional, isso porque, mesmo mergulhado em crise, apoia o atual governo porque dele esperam pela reforma trabalhista e políticas de redução de custo laboral, retirada de direitos dentre outras benesses contrárias à classe trabalhadora. 

Destacando o papel da Federación de Obreros y Empleados del Papel, Cartón y Químicos del Argentina na resistência contra essas políticas neoliberais de Milei, com participação ativa na greve geral de março, o economista orienta que a luta da classe trabalhadora deve ser integral, ou seja, de todos os lados e em todas as esferas, unido os movimentos sindicais e sociais envoltos de fortes laços de solidariedade. 

O congresso encerra hoje à noite, com a eleição e posse da nova Diretoria da FESPAM e um jantar de confraternização.

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Imprensa Fetiesc

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