Todo esse dinheiro público, em tese, deveria ser revertido em benefício para os trabalhadores e trabalhadoras na forma de cursos gratuitos e atividades de aperfeiçoamento profissional
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Só em 2023, o governo repassou R$ 26,92 bilhões da arrecadação federal para as entidades que fazem parte do ‘Sistema S’ o sindicato patronal – aumento de 8,3% na comparação com o ano anterior.
O conjunto é composto por apenas nove entidades independentes que estão a serviço dos interesses dos empresários, em detrimento da classe trabalhadora. Compõe o Sistema S as seguintes entidades: Senai (R$ 7,56 bilhões); Sesc (R$ 4,94 bilhões); Sebrae (R$ 4,34 bilhões); Sescoop (R$ 3,29 bilhões); Senac (R$ 2,25 bilhões); Sesi (R$ 2,49 bilhões); Senar (R$ 542 mil); Sest (R$ 706 mil); Senat (R$ 813 mil).
Todo esse dinheiro é pago pelas empresas como contribuições às instituições do Sistema S com base em alíquotas que chegam a 2,5% e esse dinheiro fica na mão dessas instituições que estão a serviço dos interesses dos empresários: mão de obra barata e redução dos direitos dos trabalhadores. Ou seja, é uma forma ‘legal’ de fazer com que os interesses do capital se sobrepõem aos interesses dos trabalhadores e das trabalhadoras.
Em geral, essas “contribuições” incidem sobre a folha de pagamento das empresas e são repassadas às entidades privadas correspondentes: Confederação Nacional da Agricultura (SENAR), Confederação Nacional da Indústria (SESI/SENAI), Confederação Nacional do Comércio (SESC/SENAC), Confederação Nacional do Transporte (SEST/SENAT), SEBRAE e outras.
Todo esse dinheiro público, em tese, deveria ser revertido em benefício para os trabalhadores e trabalhadoras na forma de cursos gratuitos e atividades de aperfeiçoamento profissional. Mas o que acontece não é nada disso!!! A maior parte dos cursos oferecidos por essas instituições é paga, o que comprova a ineficiência deste sistema que por diversas vezes já foi alvo de denúncias de desvio de recursos públicos, ao mesmo tempo que financia eventos e movimentos alheios aos interesses dos trabalhadores e do movimento sindical dos trabalhadores que está estrangulado por falta de recursos para enfrentar todo o poderio do capital que corrói os direitos e conquistas da classe trabalhadora.
Neste sentido é que diferentes sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras lançam uma campanha para revelar o segredo da caixa preta do ‘Sistema S’: enquanto as entidades sindicais dos trabalhadores estão à míngua, as entidades dos patrões nadam no dinheiro público. Nesta seara, exigimos que esses recursos sejam distribuídos de forma justa, igualitária e democrática, para que os sindicatos de trabalhadores possam atuar de forma livre, autônoma e sustentável.
A campanha visa aumentar a transparência e a responsabilidade na utilização desses recursos, garantindo que realmente beneficiem aqueles que mais precisam: os trabalhadores e trabalhadoras.
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