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SEM ACORDO: FETIESC e sindicatos dos trabalhadores das indústrias de vidros, cristais e espelhos rejeitam proposta do patronal e esperam por nova rodada de negociação

Uma nova rodada entre as partes será realizada na terça-feira, dia 03 de setembro, às 14 horas

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Com a expectativa de que o setor patronal se manifestasse sobre o rol de reivindicações que lhe foi entregue, os sindicatos de trabalhadores das indústrias de vidros, cristais e espelhos participaram de mais uma rodada de negociação coletiva, na tarde desta quarta-feira (21/08), mediada pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC). 

O patronal esteve representado na mesa de negociação pelo presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vidro, Espelhos e Cristais no Estado de Santa Catarina (Sincavidros-SC), Samir Cardoso, que ofertou um reajuste salarial de 4,5%, além do estabelecimento do piso salarial em R$ 2 mil, sendo que atualmente é de R$ 1,9 mil. O Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) acumulado nos últimos 12 meses foi de 4,06%.

A proposta do patronal foi rejeitada pelos trabalhadores que além da evolução nas cláusulas sociais anseiam por um piso salarial de R$ 2.020 e um reajuste salarial de, no mínimo, 6%.

Uma nova rodada de negociação entre as partes será realizada na terça-feira, dia 03 de setembro, às 14 horas. 

REIVINDICAÇÕES – O assessor jurídico da FETIESC, André Bevilaqua, observa que a atual proposta patronal foi muito aquém da definida pelos trabalhadores na assembleia, enfatizando também a necessidade premente de evoluírem para as negociações em relação às cláusulas sociais. 

Conforme ele, dentre as reivindicações, os sindicatos laborais solicitaram que as homologações das rescisões contratuais sejam feitas pelas entidades laborais, ainda que de forma remota, via internet, sem necessidade do representante da empresa e do trabalhador se deslocarem até o sindicato.

“Queremos retomar a possibilidade de as rescisões voltarem a ser feitas nas entidades sindicais, isso porque muitas vezes o trabalhador tem dificuldade de entender os cálculos a que ele tem direito”, explica. 

Além disso, há anos os sindicatos da categoria estão reivindicando o custeio da alimentação do trabalhador, por parte das empresas, que podem se beneficiar dos incentivos tributários oferecidos pelo Governo Federal para as que aderirem ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), como forma de fazer com que a classe trabalhadora tenha maior ganho nos salários sem gerar mais encargos para as empresas. 

Também entre as principais reivindicações dos sindicatos dos trabalhadores está a obrigatoriedade de as empresas fornecerem cópia dos Comunicados de Acidente de Trabalho (CAT´s) aos sindicatos, obrigação legal que algumas empresas não estão cumprindo. 

Na ocasião, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Vidros, Cristais e Espelhos, Cerâmica de Louça e Porcelana, Papel e Papelão de Blumenau e Região (SINDICRIP), José de Andrade, também reivindicou a concessão de auxílio creche para as trabalhadoras da categoria. 

Por sua vez o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas, Material Plástico, Papel, Papelão, Vidros, Borrachas e Pneus de Tubarão (SINTRAPLAVI), Giovani Hass de Souza, alertou sobre o fato de muitas empresas da região sul do Estado não terem constituída a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), e nem mesmo um refeitório digno para atender as necessidades dos trabalhadores. 

Além disso, Hass de Souza reiterou o descaso das empresas em não informarem aos sindicatos o registro de ocorrência de acidentes de trabalho, alertando que

“Da forma que as empresas estão remunerando os trabalhadores vão acabar por esvaziar o setor porque não eles não têm benefício nenhum e são atraídos por outros setores”.

Por sua vez, o Secretário-geral da FETIESC, Ednaldo Pedro Antonio, destacou que o ótimo desempenho econômico do Brasil obtido pelo Governo Lula e os indicadores econômicos divulgados pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), tanto para o setor de vidreiros quanto para a economia catarinense, tem evoluído  nos últimos anos e

“Isso cria uma expectativa na base, uma vez que todos os trabalhadores estão aguardando uma boa negociação para que tenham algo de aumento real. É preciso avançarmos nas cláusulas sociais e econômicas para que possamos levar algo novo para a categoria”, salienta. 

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