Ele criticou a passividade do movimento sindical frente às leis que subtraem direitos dos trabalhadores e chamou para a necessidade de uma ação protagonista e dominante na luta sindical
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O auditório da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC) foi palco de um importante momento para o movimento sindical brasileiro. José Reginaldo Inácio, novo presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias (CNTI), escolheu o local para sua primeira atividade externa após sua posse, que ocorreu no dia 15 de outubro.
Na última sexta-feira (25/10), José Reginaldo participou do 1º Encontro Sulamericano de Políticas Sindicais e Jurídicas, organizado pela FETIESC, que reuniu lideranças sindicais do Brasil e da Argentina. Durante o evento, ele foi saudado pelos dirigentes sindicais como uma figura de renovação para a CNTI.
Em seu discurso, José Reginaldo destacou a fragilidade da unidade sindical quando não está bem organizada e reconheceu que a própria estrutura do movimento sindical está impregnada pela ideologia capitalista, o que tem fomentado uma mentalidade de competição em vez de cooperação.
O presidente da CNTI também abordou sobre a crise geracional que o mundo enfrenta e a necessidade de uma transição não apenas de pessoas, mas também de ideias. Ele mencionou a frente ampla que compõe o governo Lula e a ameaça que ela representa para a esquerda.
Ao falar sobre a luta de classes, José Reginaldo enfatizou a importância da consciência de classe e criticou a ausência de uma visão clara e de um diagnóstico da realidade atual. Durante o encontro ele também defendeu a necessidade de uma unidade sul-americana e a internacionalização do trabalho, sugerindo que o movimento sindical deve repensar seu papel e investir na formação da base da classe trabalhadora.
“A formação da classe obreira, perpassa pela formação da base. É preciso pensar juntos em uma escola que promova uma pedagogia da alternância. Temos feito muito pouco no movimento sindical! Precisamos contar com a juventude que pensa a transformação da realidade, e não a que tenha a ideologia da extrema-direita, em defesa da exploração. Nosso papel era desobedecer toda a lei que subtraísse os direitos da classe trabalhadora e agora não fazemos mais isso”, criticou.
José Reginaldo também alertou para os efeitos não corrigidos na história, que permitiram a estruturação do capital dentro do movimento sindical, enfraquecendo a luta de classes. Ele concluiu sua fala reforçando a importância de refinar a linguagem para o sentido popular e evitar a partidarização dos sindicatos. “Precisamos refinar a linguagem no sentido popular. A nossa ação enquanto dirigente não pode ser assessoral plena, mas dominante e ser protagonista da ação sindical”, pondera.
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