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EM FLORIANÓPOLIS: Audiência Pública lembra vítimas de Acidentes de Trabalho e alerta para Saúde Mental

Em 2024, Santa Catarina registrou 37 mil acidentes de trabalho, o equivalente a uma ocorrência a cada quatro horas

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Na manhã desta segunda-feira, 28 de abril, data que marca o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e o Dia Nacional em Memória às Vítimas de Acidente de Trabalho, Florianópolis se tornou o centro de uma importante reflexão sobre a segurança e a saúde dos trabalhadores catarinenses. A iniciativa, é uma proposição da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC) em conjunto com o presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC), deputado Neodi Saretta (PT), que reuniu centenas de sindicalistas e trabalhadores em um evento organizado pelo Movimento em Defesa da Saúde, Segurança e Qualidade de Vida da Classe Trabalhadora Catarinense (MOVIDA).

O cenário apresentado pelo deputado Saretta é alarmante: em 2024, Santa Catarina registrou 37 mil acidentes de trabalho, o equivalente a uma ocorrência a cada quatro horas. Tragicamente, 186 trabalhadores perderam suas vidas no exercício de suas funções. Além dos acidentes físicos, uma ‘epidemia silenciosa’ de problemas de saúde mental tem afetado a classe trabalhadora, com o estado ocupando a quarta posição no ranking nacional de afastamentos por essas questões, totalizando mais de 33 mil casos no mesmo período.

A audiência pública contou com a presença do Superintendente do Ministério do Trabalho em Santa Catarina, Paulo Eccel, que reconheceu a importância das entidades sindicais na promoção da segurança e valorização da vida dos trabalhadores. Eccel ressaltou que, apesar dos números preocupantes, Santa Catarina é destaque na atuação em saúde do trabalhador, e que a chegada de 25 novos auditores fiscais do trabalho este ano poderá potencializar as ações já em curso.

Idemar Antonio Martini, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), relembrou que o MOVIDA surgiu há mais de duas décadas como uma resposta unida do movimento sindical ao problema dos acidentes de trabalho. Martini enfatizou a necessidade de conscientizar os detentores do poder sobre as consequências das exigências excessivas e da ganância que permeiam o ambiente laboral, resultando em acidentes e perdas humanas.

O evento, contou também com a palestra do médico Roberto Ruiz e  teve o apoio de diversas centrais sindicais, incluindo a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Força Sindical e a Central de Trabalhadores, Trabalhadoras do Brasil (CTB) e representantes de diversas federações e sindicatos de trabalhadores. Juntas, essas organizações reafirmaram o compromisso de lutar por melhores condições de trabalho e pela redução dos alarmantes índices de acidentes e problemas de saúde mental entre os trabalhadores catarinenses.

A audiência pública encerrou-se com um chamado à ação, incentivando a colaboração entre poder público, sindicatos e sociedade civil para a implementação de medidas efetivas que possam reverter esse quadro e garantir um ambiente de trabalho mais seguro e saudável para todos.

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Imprensa Fetiesc

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