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NEGOCIAÇÃO: Trabalhadores das indústrias de material plástico receberão reajuste salarial de 6,2%

O valor do reajuste será aplicado na folha de pagamento de maio, com a diferença de abril

No final da tarde desta terça-feira, dia 20 de maio, dirigentes sindicais da Federação dos Trabalhadores das Indústrias de Santa Catarina (FETIESC) e de sindicatos filiados se reuniram com representantes do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de Santa Catarina (SIMPESC) para mais uma rodada de negociação coletiva de trabalho. O encontro teve como objetivo principal discutir e acordar condições que beneficiem os trabalhadores das indústrias de material plástico, especialmente nas regiões de Jaraguá do Sul, Brusque, Pomerode, Blumenau, Gaspar, Indaial, Timbó e Rio Negrinho.

A negociação, conduzida em defesa dos interesses da classe trabalhadora por Idemar Antonio Martini, resultou em um reajuste salarial de 6.2% e na definição de pisos salariais específicos. Este reajuste será aplicado na folha de pagamento de maio, com a diferença retroativa referente ao mês de abril.

Além das cláusulas econômicas, houve um pequeno avanço nas cláusulas sociais. A convenção deste ano incluiu a homologação das rescisões contratuais para trabalhadores não sindicalizados que tenham prestado serviços por mais de nove meses na empresa. O assessor jurídico da FETIESC, André Bevilaqua, destacou a proposta de unificar o tratamento das homologações, tornando-as possíveis a qualquer tempo, independentemente de ser sócio ou do tempo de trabalho. Bevilaqua também mencionou a possibilidade de homologação virtual, visando evitar deslocamentos desnecessários e custos para as partes envolvidas.

Ednaldo Pedro Antônio, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Brusque e região (SINTIPLASQUI), ressaltou a importância da homologação nos sindicatos para a identificação de erros nas rescisões contratuais, especialmente em pequenas empresas e contabilidades que lidam com múltiplas convenções. João Brasil, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Plásticas, Borracha, Papelão e Isopor de Jaraguá do Sul e região (SINTIQUIP), complementou com exemplos de erros de cálculo em grandes empresas e a orientação que o sindicato oferece aos trabalhadores sobre seus direitos.

Propostas para o Futuro

Cintia Ronska, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Transformação de Plásticos de Rio Negrinho e região (SINTIPAR), aceitou a proposta atual para fechar a convenção coletiva de trabalho. No entanto, ela propôs uma discussão mais ampla sobre as cláusulas sociais para o próximo ano, incluindo temas relevantes como plano de saúde e segurança do trabalhador.

Neste sentido, André Bevilaqua, assessor jurídico da FETIESC, mais uma vez manifestou sua frustração em relação à cláusula do Vale Alimentação, sugerindo que incentivos fiscais poderiam ser oferecidos às empresas para facilitar a concessão deste benefício. Segundo ele, o vale alimentação e outros auxílios são essenciais para as famílias e podem contribuir para o aumento da produtividade dos trabalhadores.

O presidente da FETIESC, Martini, destacou a importância de valorização do piso salarial, que foi reajustado em 6,5%, valor esse superior ao INPC do período que somou 5,20%, sendo fixado em R$ 2.156,00 ou R$ 9,80 por hora. “A valorização do piso salarial é um dos mecanismos que permite a manutenção dos trabalhadores no setor plástico, evitando a migração de mão de obra qualificada para outras categorias, situação essa que se acentua em períodos de pleno emprego, como o que estamos vivenciando”, conclui.  

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Imprensa Fetiesc

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