O evento segue até a próxima sexta-feira, dia 27
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A cerimônia de abertura da 17ª edição do Fórum Sindical Sul (FSS-2025) aconteceu no início da noite desta quarta-feira, dia 25 de junho, reunindo centenas de líderes sindicais, trabalhadores e trabalhadoras das indústrias têxtil, couro, vestuário e calçados de cinco estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. O evento, que se estende até sexta-feira, dia 27, está sendo realizado no auditório do Hotel Cianorte Diamond, na cidade de Cianorte, Paraná.
O FSS-2025 tem como tema central “Política, Comunicação e Sobrevivência”, oferecendo uma programação rica e diversificada, que inclui palestras, oficinas e debates. O objetivo é discutir estratégias para enfrentar os desafios trazidos pela Reforma Trabalhista e outras políticas que impactam negativamente a classe trabalhadora. Além disso, o fórum serve como um importante espaço para a troca de experiências e o fortalecimento das relações entre as diversas regiões participantes.
Elizabete Alves Matos, presidente do Sindicato da Indústria de Vestuário de Cianorte e região, manifestou sua alegria em receber o evento no município. Ela lembrou que o Fórum Sindical Sul surgiu há quase duas décadas como resposta à especulação capitalista que buscava explorar mão de obra barata e incentivos fiscais entre os estados. “Durante muito tempo, trabalhamos para equalizar as condições trabalhistas, resultando em convenções coletivas com cláusulas idênticas. Após o impeachment da presidente Dilma, enfrentamos um período de retrocesso nos direitos trabalhistas e nas receitas sindicais. No entanto, ressurgimos com força durante a pandemia, com ações que protegeram empregos e reafirmaram nosso papel. Hoje, o fórum é um espaço de união entre diversas categorias de trabalhadores, focado em recuperar nossa democracia e liberdade sindical”, afirmou.
Idemar Antonio Martini, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), celebrou a diminuição das diferenças salariais entre os estados participantes, fruto do trabalho do FSS. “Empresas se deslocavam entre estados para explorar trabalhadores, mas o fórum tem nivelado essas condições. Esta edição é de todos que querem participar e debater. Precisamos nos engajar no processo político para eleger representantes comprometidos com nossos interesses, pois a direita pode desmantelar o movimento sindical se retomar o poder”, advertiu Martini, citando a Argentina como exemplo de retrocesso sindical.
Cleoni Bortolli, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIEMS), enfatizou a importância da união e da troca de experiências para manter a vitalidade do movimento sindical. “O movimento sindical é o único instrumento de luta em favor da classe trabalhadora. Precisamos recarregar nossas energias para continuar nosso trabalho contínuo”, disse.
João Nadir Pires, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Calçado e do Vestuário do Estado do Rio Grande do Sul, destacou a relevância dos três dias de evento para a categoria, mencionando a criação da primeira usina fotovoltaica do movimento sindical pela Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias (CNTI) como um exemplo de inovação e resistência. “Que possamos sair daqui com mais energia, literal e figurativamente, para convencer nossos trabalhadores e reverter as políticas negativas”, expressou Pires.
Ivete de Fátima Vargas, da Federação dos Trabalhadores das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Rio Grande do Sul (FETIFTRS), aguarda ansiosamente os novos aprendizados que o evento proporcionará.
Izaias Otaviano, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores de Santa Catarina (NCST-SC), reforçou que a luta sindical é feita de enfrentamentos e que o evento é crucial para preparar os sindicalistas. “A Nova Central está sempre de braços abertos para todos os participantes”, declarou.
A abertura contou ainda com a presença de Jorge Luiz Mucio, presidente da Federação do Vestuário do Rio de Janeiro, simbolizando a colaboração nacional do evento. Os líderes presentes sublinharam a importância do Fórum Sindical Sul como um espaço de resistência e de renovação do compromisso com a defesa dos direitos trabalhistas contra as políticas neoliberais e conservadoras.
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