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MOVIDA 2025: Lideranças se reúnem em Florianópolis pela saúde e segurança dos trabalhadores catarinenses

Com o lema “Vida não tem preço. Saúde não é mercadoria” a audiência pública serviu para refletir e denunciar os elevados números de acidentes de trabalho que acometem os trabalhadores

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 Na manhã desta segunda-feira, dia 28 de abril, em Florianópolis, aconteceu a audiência pública organizada pelo Movimento em Defesa da Saúde, Segurança e Qualidade de Vida da Classe Trabalhadora Catarinense (MOVIDA), que reuniu lideranças sindicais e especialistas para refletir e denunciar a alarmante situação dos acidentes de trabalho e a crescente crise de saúde mental entre os trabalhadores.

O evento, marcado pelo lema “Vida não tem preço. Saúde não é mercadoria”, contou com a presença do professor Sabino Bussanello, da Escola de Formação Sindical da FETIESC. Bussanello ressaltou o papel vital do movimento sindical na representação dos trabalhadores, que enfrentam um cenário de adoecimento influenciado pelo neoliberalismo, extremismo e as reformas trabalhista e previdenciária.

A audiência também contou com a palestra do médico Roberto Ruiz, especialista em medicina do trabalho. Ruiz apresentou dados preocupantes, dentre os quais o fato de em 2024, foram registrados 472 mil afastamentos por questões de saúde mental, incluindo depressão, síndrome do pânico, ansiedade e síndrome de Burnout. Segundo ele, essa situação é um reflexo direto do agravamento das relações de trabalho, onde os trabalhadores sofrem com o desrespeito crescente por parte das chefias.

Diante desse quadro, o Superintendente do Trabalho e Emprego em Santa Catarina, Paulo Eccel, propôs a criação de observatórios municipais. Esses espaços teriam como objetivo monitorar os casos de acidentes de trabalho, envolvendo uma rede de agentes, como sindicatos, INSS, Justiça do Trabalho e organizações empresariais locais. Eccel enfatizou a necessidade de união para combater o problema: “Todo mundo reclama, ninguém ganha com isso. Vamos nos juntar para enfrentar localmente agindo sobre esse problema tão grave”.

Lorival Pisetta, presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviço da Saúde de Joinville e região, aproveitou a ocasião para denunciar o aumento do assédio moral, atribuindo-o à mentalidade lucrativa de alguns empresários. Em coro, Genoir José dos Santos, presidente do Sindicato dos Mineiros, corroborou as denúncias, apontando a pressão por altas metas de produção como fator determinante para o surgimento de problemas como depressão e estresse entre os mineiros.

Osvaldo Mafra, presidente da Força Sindical, levantou a bandeira pela redução da jornada de trabalho, especialmente a eliminação da jornada 6 x 1, visando melhorar a qualidade de vida da classe trabalhadora. Mafra argumentou que a luta por condições de trabalho mais humanas é essencial para a saúde dos trabalhadores.

Encerrando as manifestações, Izaias Otaviano, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores de Santa Catarina, elogiou a liderança de Idemar Antonio Martini, presidente da FETIESC, como um defensor incansável da saúde dos trabalhadores. Otaviano destacou o papel de Martini em mobilizar os sindicalistas para a atenção a essa questão vital.

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Imprensa Fetiesc

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