Fetiesc

Trabalhador do Setor Plástico tem reajuste salarial de 8%

Os novos valores são retroativos a 1º de abril, data-base da categoria. O salário inicial ficou em R$ 972,00 e passa para R$ 1 mil após 45 dias de trabalho, com reajuste total de 11,11%. As demais cláusulas da Convenção anterior foram renovadas.

Unificação é irreversível

O presidente da Fetiesc, Idemar Antônio Martini, não tem dúvidas de que a unificação das campanhas salariais “é um quadro irreversível”. Afirma que “não tem outro jeito, o processo de unificação da luta é em nível nacional, uma decisão que norteia o movimento sindical no Brasil inteiro, ou une ou vai a reboque”, exemplifica. Para Idemar Martini, “é preciso vontade política e visão do crescimento coletivo em torno da unificação”.

Na avaliação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Químicos, Plásticos, da Borracha e do Papel de Jaraguá do Sul e Região (Sintiquip), Sérgio Luís Ferrari, a negociação unificada de 2013 foi positiva, especialmente no que diz respeito às cláusulas econômicas. “Apesar de o aumento real ter ficado em apenas 0,72%, avançamos no Piso Salarial, que está entre os melhores da região quando comparado com o piso de outras categorias”, analisa Ferrari. No entanto, ele lamenta não ter havido avanços nas demais cláusulas da Convenção Coletiva.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Plásticos de Brusque (Sintiplasqui), Ednaldo Pedro Antônio, mais uma vez os trabalhadores foram afrontados pelos sindicatos das empresas, que não discutiram cláusula social e repassaram um reajuste mínimo. “Os trabalhadores estão percebendo isso e vão responder às empresas na hora certa. Às vezes, precisamos dar um passo atrás para que possamos dar um pulo mais à frente”, afirma Ednaldo. De acordo com ele, a negociação coletiva é um dos momentos mais importantes para os trabalhadores do setor plástico, que já começam a se preparar para a negociação do ano que vem. “Vamos à luta em busca de valorização”, resume o presidente do Sintiplasqui.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Plásticos de Biguaçu e Região (Sintiplabi), João Sérgio Ribeiro, lembra das dificuldades de negociação com os patrões e de mobilização dos trabalhadores, citando como exemplo casos de empresas da categoria que não têm nem matéria-prima para a produção. “Mesmo assim, garantimos um dos maiores Pisos Salariais de Santa Catarina, com reajuste de 11,11%”, observa. A nova Convenção Coletiva de Trabalho contempla 18 dos 28 municípios representados pelo Sintiplabi.

Da mesma opinião partilha o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Papel e Plásticos de Campos Novos (Sitripel), Jocil Pedro Pereira. “O Piso salarial ficou alto, mas o reajuste geral foi baixo”. Jocil lembra que as empresas do setor, na região do Planalto Serrano, são pequenas, em sua maioria, trabalhando mais com reciclagem. A unificação da Campanha Salarial é considerada positiva pelo presidente do Sitripel: “Agora, para nós, só falta reunir também os sindicatos patronais, para que possamos negociar com participação do patronal de Chapecó”, reivindica Jocil Pereira.

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