O Delegado Wagner Quintão, da Delegacia da Mulher de Cianorte palestrou sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher
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Após a cerimônia de abertura da 17ª edição do Fórum Sindical Sul (FSS-2025), os participantes do evento, incluindo trabalhadores e líderes sindicais, tiveram a oportunidade de assistir a uma palestra ministrada pelo Delegado Wagner Quintão, da Delegacia da Mulher de Cianorte. O tema abordado foi a violência doméstica e familiar contra a mulher, um problema alarmante que afeta uma em cada cinco mulheres brasileiras.
O delegado Quintão destacou que a violência contra a mulher tem raízes profundas e resulta em sérias consequências físicas e psicológicas. Ele explicou que, segundo a Lei Maria da Penha, existem cinco formas de violência que podem atingir uma mulher: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Em caso de violência doméstica, ele enfatizou a importância de denunciar pelo disque 180.
Ainda conforme ele, no estado do Paraná, o Programa ‘Mulher Segura’ registrou mais de 1,6 milhões de boletins de ocorrência relacionados à violência contra a mulher em 2024. Quintão ressaltou que, apesar de não nos reconhecermos como uma sociedade machista, é essa mesma inconsciência que impede mudanças significativas. “Devemos agir para que essas violências cessem ou, ao menos, diminuam drasticamente”, afirmou. Ele também mencionou que as crianças são frequentemente as mais afetadas por esse tipo de violência.
Segundo Quintão o comprometimento com a causa é essencial, e para isso, é necessário conhecer e entender o que é violência para poder reconhecer e agir diante dos casos. Ele também falou sobre a importância de interromper o ciclo da violência e celebrou o fato de que o debate sobre o tema indica uma evolução social, algo impensável há duas décadas.
Ele incentivou os participantes a estimular ações preventivas e a fortalecer a rede de proteção, que envolve todos os setores da sociedade comprometidos com o combate à violência e a proteção das mulheres. “Os sindicatos podem criar setores de acolhimento, pois têm o dever de intervir para evitar tais ocorrências”, sugeriu.
Dados do ano anterior revelam que foram emitidas 500 mil medidas protetivas solicitadas, um número que evidencia a eficiência dessa ferramenta legal na proteção das vidas das mulheres. Quintão também desmistificou a ideia de que mulheres gostam de sofrer violência, enfatizando que o que existe são mulheres “humilhadas demais para denunciar, machucadas demais para reagir, com medo demais para acusar, pobres demais para ir embora”.
A palestra serviu como um chamado à ação para todos os presentes no FSS-2025, reforçando que a luta contra a violência doméstica é uma responsabilidade coletiva e que os sindicatos têm um papel vital na construção de uma sociedade mais justa e segura para as mulheres.
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